Moviracá: direito à terra indígena
O projeto Moviracá: direito à terra indígena foi lançado por FLD-COMIN ao vivo no dia 14 de junho, fruto da parceria com o movimento indígena e financiamento da União Europeia (UE). Moviracá contribuirá para a resistência indígena na defesa de seus direitos constitucionais, fortalecendo o protagonismo de movimentos e organizações indígenas em Rondônia e na região Sul.
O lançamento foi um momento para apresentar realizações, público beneficiário e identidade visual do projeto e teve participação de lideranças da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR), Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul), e do representante da Cooperação da Delegação da UE no Brasil.
Através do projeto, houve abertura do edital Povos Indígenas em Resistência: apoio a projetos de fortalecimento de organizações indígenas e cinco iniciativas de organizações indígenas foram selecionadas. Os projetos apoiados focam no fortalecimento da articulação de mulheres indígenas; assessoria jurídica, incidência e articulação política; e gestão institucional.
Região Sul
Mais de 20 jovens indígenas da região Sul participaram, entre 5 e 10 de junho, do 1º Encontro de Jovens Comunicadoras(res) Indígenas da Arpinsul, na aldeia Pirá Rupa, em Palhoça (SC). Com o tema “A comunicação indígena que temos e a comunicação indígena que queremos ter”, a atividade proporcionou processo de formação e intercâmbio de saberes tradicionais e técnicos e teve a parceria de FLD-COMIN e assessoria da sua área da comunicação.
O encontro finalizou com a criação de uma rede de comunicadoras e comunicadores indígenas, para que a juventude possa atuar em seus territórios e organizações de base e ecoar suas vozes também para fora desses espaços, narrando suas próprias histórias e lutas.
Região Amazônia
A equipe de assessoria de FLD-COMIN realizou Oficina de Direitos na aldeia Jatobá, Terra Indígena Rio Branco (RO), nos dias 11 e 12 de junho.
Durante a oficina, representantes de organizações indígenas de Rondônia divulgaram manifesto em que denunciam a falta de consulta aos povos indígenas na construção de oito Pequenas Centrais Hidrelétricas, que impactam as Terras Indígenas Rio Branco e Massaco e a Reserva Biológica Guaporé. O documento apresenta propostas básicas para diminuir ou mitigar esses impactos.
Luta pela Vida
No dia em que estava previsto o julgamento que irá definir a demarcação das terras indígenas no país (23 de junho), o movimento indígena realizou diversas mobilizações por todo o Brasil contra a tese do marco temporal. Somaram-se o pedido de justiça pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips e a exoneração do presidente da Funai, Marcelo Xavier.
Na região Sul, mais de dez mil lideranças indígenas e pessoas apoiadoras mobilizaram-se nas capitais e territórios, pedindo ao Supremo Tribunal Federal que retome a votação. FLD-COMIN foi parceiro das organizações indígenas na realização dos atos em Porto Alegre e nas BRs 386 e 285 (RS), Florianópolis (SC), e Curitiba e Londrina (PR).
PMA e nova assessoria
A equipe de assessoras, assessores e coordenação do COMIN esteve reunida, entre 29 de junho e 1º de julho, para realizar a segunda reunião de Planejamento, Monitoramento e Avaliação de 2022. A reunião foi também o momento de apresentação da nova assessora de projetos da região Sul, Jozileia Daniza Jagso Inacio Jacodsen Schildl, indígena do povo Kaingang.