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Naxo pat tîn tap: mulheres Karo Arara em defesa da floresta em pé

Naxo pat tîn tap: mulheres Karo Arara em defesa da floresta em pé
10 de outubro de 2022 Comunicação FLD

O primeiro Encontro de Mulheres Indígenas Karo Arara aconteceu na TI Igarapé Lourdes (RO). Foto: Equipe COMIN Amazônia

POR EQUIPE COMIN AMAZÔNIA

Nos dias 7 e 8 de outubro, as mulheres Karo Arara se encontraram na aldeia Paygap, Terra Indígena Igarapé Lourdes, localizada em Ji-Paraná (RO), para discutir a cultura do povo a partir do artesanato, da música e da sabedoria das mulheres indígenas. O primeiro Encontro de Mulheres Indígenas Karo Arara contou com a presença de cerca de 50 mulheres, que reafirmaram o modo de aprender e ensinar do povo, mantendo viva sua cultura e suas lutas.

As mulheres Karo Arara têm participação ativa nos espaços de liderança e organização do povo, assim como têm participado dos espaços políticos do movimento indígena e das lutas regionais e nacionais. Em um ambiente especialmente preparado para o encontro, com a participação colaborativa dos homens, as mulheres reuniram-se em uma pequena construção coberta de palha, com cestarias, cachos de banana e do coco Naja, e esteiras de palha trançadas numa troca de saberes do dia anterior. “Esse encontro é para mexer com a nossa mente, com o nosso coração e dar continuidade com o que é nosso”, afirmou Shirlei Arara.

No diálogo, na língua mãe, anciãs e jovens fizeram a troca de saberes diante de uma afirmação constante: “Nossa cultura está viva, só precisamos praticar. Enquanto elas estiverem vivas, o conhecimento está aqui”, disse Célio Arara, em reconhecimento à importância e sabedoria de muitas mulheres Arara. “Eu vou morrer do jeito que eu sou, com minha cultura; eu nasci Arara e vou morrer Arara”, reafirmou Mali Peme Arara.

Cultura, defesa do território, sabedoria das mulheres Karo Arara foram alguns pontos discutidos durante o encontro. Foto: Equipe COMIN Amazônia

Durante o encontro, as mulheres demonstraram preocupação com a juventude que, segundo elas, hoje em dia também tem desejos de consumo das pessoas não indígenas.  Nas rodas de conversa, foi recorrente a pergunta de como fazer para que continuem valorizando a cultura do povo e tendo orgulho de se autoafirmar como Karo Arara.

As anciãs narraram com muito sentimento suas perdas e relembraram as lutas das pessoas Arara que não estão mais presentes fisicamente, aproveitando para fazer um chamado à juventude e às crianças, para que deem continuidade às práticas tradicionais do povo e que permaneçam todas e todos protegendo o seu território.

A defesa do território foi outra preocupação do encontro, já que este está pressionado por projetos de hidrelétricas, construção de estradas, exploração madeireira e garimpeira. As mulheres Karo Arara reafirmaram “Naxo pat tîn tap”: são elas que defendem e mantêm a floresta em pé e, por isso, não permitirão quaisquer tipos de usurpação da Terra Indígena Igarapé Lourdes.

Cerca de 50 mulheres Karo Arara participaram do encontro, que teve a parceria de FLD-COMIN e AGIR. Foto: Equipe COMIN Amazônia

O primeiro Encontro de Mulheres Indígenas Karo Arara foi realizado em parceria com o projeto Moviracá: direito à terra indígena, fruto da parceria entre o movimento indígena e a Fundação Luterana de Diaconia-Conselho de Missão entre Povos Indígenas (FLD-COMIN), financiado pela União Europeia (UE). FLD-COMIN também esteve presente com sua equipe de assessoria.

Outra organização parceira do evento foi a Associação das Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR). “Esse encontro das mulheres tem uma importância muito grande para AGIR, por eu estar participando junto, vendo e ouvindo o quanto elas estão preocupadas com a manutenção da sua cultura e do seu território. Senti a emoção das falas e choro quando elas relembram pessoas queridas que contribuíram para que a cultura fosse repassada de geração em geração”, afirmou Fabricia Sabanê, coordenadora da organização.

“Também ver o quanto a juventude está presente e ouvindo atentamente a cada palavra das anciãs, isso demonstra o interesse de manter essa cultura viva, seja no idioma, nos artesanatos, nos cantos e nas festas tradicionais, mostra também o quanto as mulheres estão organizadas e conscientizadas sobre a importância da preservação do território e também da cultura”.

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