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Culto de Ação de Graças dá início às celebrações dos 40 anos do COMIN

Culto de Ação de Graças dá início às celebrações dos 40 anos do COMIN
27 de maio de 2022 Comunicação FLD

Em 2022, o Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN), da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), celebra seus 40 anos de atuação junto com os povos indígenas. E para dar início à celebração dessa data, um Culto de Ação de Graças pelos 40 anos do COMIN iniciou, na manhã do dia 24 de maio, a Assembleia Ordinária do Conselho Deliberativo de FLD-COMIN-CAPA, em Porto Alegre (RS).

O culto foi conduzido pela Pa Cibele Kuss, secretária executiva de FLD-COMIN-CAPA, juntamente com P Cristov Kayser, presidente do conselho do COMIN, Diác. Irléci Klitzke Thomas, do Sínodo Espírito Santo a Belém, e P Sandro Luckmann, coordenador geral de FLD-COMIN.

“O COMIN hoje se pauta pela parceria e ação conjunta com os povos indígenas, em seguir no diálogo intercultural para que de fato a vida seja digna para todas as pessoas indígenas e não indígenas. Damos graças ao trino Deus que cria, sustenta e propaga a diversidade de culturas, línguas, costumes, tradições, vidas nos diferentes lugares e tempos. Vidas indígenas importam”, afirmou Sandro.

Além das conselheiras e dos conselheiros, estiveram presentes como convidadas e convidados representantes dos conselhos de COMIN e CAPA, equipe e coordenações de FLD-COMIN-CAPA e assessoria da organização.

Momento cultural

À noite, houve um momento cultural onde uma grande fogueira foi acesa com a presença da Kujã Kaingang, Iracema Gãh Té Nascimento, e do coordenador do Conselho Indigenista Missionário – Cimi Sul, Roberto Liebgott. Todas as pessoas que participaram colocaram gravetos na fogueira. Iracema explicou que esse ato coletivo representou o fortalecimento do movimento indígena e pediu apoio a todas e todos na defesa dos direitos dos povos originários. “Aqui falo eu, mas atrás de mim está um povo e todo o movimento indígena”. Após, houve dança e canto.

Roberto parabenizou o COMIN reafirmando que a organização, assim como o Cimi, que completa 50 anos em 2022, segue em comunhão intercultural, interreligiosa e ecumênica: “O COMIN e o Cimi surgem da mesma essência evangélica, estar com aqueles que mais precisavam de vida, esperança, terra e direitos.” Leia a carta do coordenador do Cimi Sul.

Enfrentando o racismo, construindo respeito

A assembleia terminou, dia 25, com reflexões acerca do racismo contra os povos indígenas em roda de diálogo com Marcos Vesolosqzki, assessor de projetos de FLD-COMIN e indígena do povo Kaingang, e Sandro Luckmann, coordenador de FLD-COMIN. As pessoas presentes foram provocadas a pensar sobre ideias e práticas racistas.

Marcos ressaltou que falar sobre povos indígenas é falar sobre conquista, luta e resistência e que é preciso entender e respeitar as diferentes culturas indígenas presentes no país. A negligência em relação à garantia dos direitos indígenas prova que o apoio e a atuação de FLD-COMIN-CAPA junto ao movimento indígena se fazem cada vez mais necessários, afirmou. “Temos o compromisso de sermos multiplicadores das perspectivas não racistas em relação aos povos indígenas”.

Esse compromisso ficou como um dos desafios às conselheiras e aos conselheiros e às demais pessoas presentes nos dois dias de assembleia, assim como trabalhar a temática indígena nos espaços da IECLB como forma de superar situações de preconceito e racismo.

As celebrações pelos 40 anos do COMIN seguirão durante o restante do ano com outras atividades. A agência de cooperação internacional Pão Para o Mundo (PPM) parabenizou a organização por meio de uma carta. “Agradecemos muito por todos estes anos de trabalho e de ótima cooperação com PPM. Desejamos a vocês muito sucesso na sua luta para um Brasil mais justo, e desejamos muita força e esperança também em tempos desafiantes.”

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