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Abril Indígena em Montenegro/RS

Abril Indígena em Montenegro/RS
20 de abril de 2018 zweiarts

“Semana Municipal de Conscientização sobre Povos Indígenas” em Montenegro/RS agora é lei!

A semana dos povos indígenas foi marcada por três atividades em Montenegro. Uma delas foi a exposição do material da Semana dos Povos Indígenas 2018 “Pindoty, Irapuá e Guapoy: Três comunidades Guarani Mbya lutando pela Terra” na Câmara de Vereadores, onde diversas escolas, do campo e da cidade, puderam aprender mais sobre a realidade Mbya Guarani.

A segunda atividade foi uma roda de conversa sobre povos indígenas, que contou com a presença da Kaingang Angélica Domingos e teve um público bastante diverso: cerca de 50 pessoas, incluindo estudantes, agentes municipais de saúde, conselheiros e conselheiras tutelares, brigada militar, secretaria municipal de educação, conselho municipal do meio ambiente, músicos e comunidade em geral. Ao ar livre, no gramado e próximo à mata, as pessoas presentes puderam fazer perguntas e compreender melhor o jeito de ser do povo Kaingang, visto que é esse povo que tem maior presença localmente.

Já a terceira atividade foi a votação, na Câmara de Vereadores, de um projeto de lei, que institui a “Semana Municipal de Conscientização sobre Povos Indígenas” como parte do calendário municipal, proposto pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos. Com isso, o executivo passa a ter a obrigatoriedade de trabalhar a questão indígena, embora precise lembrar e atuar sobre isso durante todo o ano. O projeto, aprovado por unanimidade, baseou-se tanto na presença histórica, que em Montenegro remonta há 10 mil anos e significa a ancestralidade da comunidade, quanto na presença atual. com indígenas vendendo artesanato e famílias indígenas que residem nos bairros da cidade.

Mesmo não tendo uma terra indígena no município, a presidente da Comissão proponente, vereadora Josi Paz, reforçou a importância de reconhecermos a presença e resistência de indígenas na comunidade, muitas vezes ignorada. Angélica Kaingang comentou a alegria que sentia com a aprovação do projeto, pois via como um pequeno avanço, em um cenário de tantos retrocessos, que os povos indígenas têm tido, especialmente em cidades menores, onde costumam existir conservadorismos e preconceitos.

O COMIN vem atuando, em parceria com a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, para que esta possa refletir sobre a questão indígena, realizar eventos como estes e reconhecer a especificidade indígena, quando as mais diversas pautas são abordadas.

       

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