O COMIN realizou, de 25 a 30 de maio de 2017, mais uma Oficina Linguístico-Pedagógica para professores, professoras, lideranças e falantes da língua Apurinã, que aconteceu na Terra Indígena Peneri/Tacaquiri, comunidade Boa União, no município de Pauini/AM. A oficina contou com a participação de 80 pessoas. A assessoria foi prestada pela professora Drª Marci Fillet Martins, do Museu Nacional da UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Um dos momentos de mais atenção e entusiasmo foi a apresentação da turma da professora Maria Antônia Apurinã, da comunidade Boa União. Alunas e alunos expressaram um pouco da língua Apurinã falada e escrita, e apresentaram o alfabeto, fonética, pronomes, palavras e frases em Apurinã.
Outro momento muito especial da Oficina foi durante a apresentação de cânticos em Apurinã. Alguns professores cantaram estes cânticos, como uma das tarefas deixadas na Oficina passada.
O processo de revitalização linguística e cultural vem sendo trabalhado, a fim de fortalecer a língua Apurinã, desenvolvendo, de um lado, sua funcionalidade falada e escrita e, de outro, habilidades orais e escritas dos Apurinã em seu próprio idioma.
A cada ano percebe-se o entusiasmo e o interesse dos e das participantes pela Oficina, principalmente dos professores e das professoras Apurinã. Temos acompanhado de perto o progresso de alguns professores e professoras sobre o seu aprendizado na língua.
As atividades da Oficina Linguístico-Pedagógica fazem parte de um projeto do COMIN, que recebe apoio de Pão para o Mundo/Alemanha e da OMEL-Obra Missionária Evangélica Luterana da Baixa Saxônia/Alemanha. Este projeto tem como objetivo colaborar com a formação continuada dos professores e das professoras indígenas, primando pela construção de uma escola específica, diferenciada e de qualidade. Em vista disso, tem preocupação com a revitalização da língua, que também é um desejo do próprio povo Apurinã, como expresso em muitas ocasiões.