Ao contrário do que disse o presidente Jair Bolsonaro em uma live no Facebook, o Acampamento Terra Livre (ATL) não é financiado com dinheiro público. A mobilização nacional indígena é organizada e financiada pelos próprios povos indígenas e por pessoas físicas e organizações da sociedade civil, do Brasil e do exterior, que queiram contribuir.
“Nunca o Acampamento Terra Livre recebeu um centavo de recursos públicos para fazer essa mobilização. É uma iniciativa dos próprios parentes [indígenas], que se organizam o ano inteiro para chegar a Brasília”, disse à Folha de São Paulo a coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sonia Guajajara.
O ATL é a maior mobilização nacional indígena e reúne, há 15 anos, em Brasília, pelo menos mil representantes de povos indígenas de todo o Brasil, com o objetivo de disseminar não só a sua diversidade e riqueza sociocultural, mas também pressionar o Estado pela manutenção e efetivação de seus direitos, em respeito à Constituição Federal e às leis internacionais, como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O evento acontece entre os dias 24 e 26 de abril.
Esse ano, o ATL criou três vaquinhas virtuais para pagar a mobilização: uma para doações nacionais, outra para doações estrangeiras e uma terceira para milhas de companhias aéreas para auxiliar no trânsito de indígenas de áreas afastadas. Além disso, há campanhas para arrecadar alimentos não perecíveis, água potável e colchões. É possível fazer as doações na sede da APIB em Brasília ((2674, SHCN CLN 407) de segunda à sexta, das 10h às 16h. mais informações no e-mail: apibbsb@gmail.com.
Vaquinha para as doações: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/seja-um-apoiador-do-acampamento-terra-livre-2019