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Comunidade Apurinã celebra lançamento da obra “Cerâmica Apurinã: resistência com as mãos no barro”

Comunidade Apurinã celebra lançamento da obra “Cerâmica Apurinã: resistência com as mãos no barro”
4 de abril de 2019 zweiarts

A elaboração de utensílios, como vasos, potes, pratos e copos, feitos com barro é uma prática milenar do povo Apurinã. No entanto, no decorrer das últimas décadas, a partir do contato com a sociedade não indígena, a produção da cerâmica ficou cada vez mais restrita e até mesmo sendo esquecida por algumas comunidades. Felizmente, devido ao trabalho minucioso das mulheres – que passaram esta prática de trabalho com a argila/barro de geração para geração –, a atividade não foi extinta e segue como manifestação cultural e de resistência e como forma de identidade e autonomia sobre os territórios.

A produção de cerâmica Apurinã é retratada no livro “Cerâmica Apurinã: resistência com as mãos no barro”, organizado pela assessora de projetos do COMIN, Ana Patrícia Chaves Ferreira. O lançamento da obra aconteceu no dia 27 de março, na Terra Indígena (TI) Kapyra/Kanakury, comunidade São Benedito, em Pauini (AM). A publicação expressa a força, firmeza e dedicação que algumas mulheres Apurinã ao longo dos anos, décadas e séculos conseguiram manter vivas.

Estiveram presentes no lançamento lideranças indígenas, organizações – como o COMIN, a Organização dos Povos Apurinã e Jamamadi (OPIAJ), Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Políticas Linguísticas (IPOL), Museu Nacional e Fundação Nacional do Índio (FUNAI) –, professoras e professores, alunas e alunos e, principalmente, algumas ceramistas Apurinã, como Dona Osvaldina Manduca Apurinã, ceramista bastante conhecida e que vive na TI Peneri Tacaquiri, comunidade Vera Cruz, em Pauini.

O livro é dedicado principalmente às ceramistas, meninas, jovens, alunas, alunos, professoras e professores do povo Apurinã que, junto com o COMIN, estão engajadas e engajados em um esforço conjunto e contínuo e que, desde 2012, vêm trabalhando, através de oficinas de cerâmicas, a importância da revitalização linguística e cultural desse povo, estimulando a continuidade dessa prática tradicional repassada de mãe para filha. “Eu fico muito feliz em saber que esse livro vai passar por muitas mãos Apurinã, e que as escolas possam ensinar um pouco como se faz cerâmica Apurinã”, ressaltou Dona Osvaldina.

O material foi construído durante os anos de 2016 a 2018 por várias mãos, com participação rica e expressiva de algumas comunidades e mulheres Apurinã dos municípios de Boca do Acre e Pauini no Amazonas. Essas mulheres, pouco a pouco, de forma sensível, criativa e cosmológica, foram expressando e dialogando sobre a cerâmica Apurinã. Por isso, é um livro que fala de amor, afeto, cuidado, respeito, dignidade, sabedoria e muita resistência. Para Dora Apurinã, “é bonito ver e saber que muito do que está aqui nesse livro vai ficar aguardado para sempre e que não vamos mais esquecer”.

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