Privacy Overview
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Always Active
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.

No cookies to display.

Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.

No cookies to display.

DOAR AGORA

“A educação superior é um direito e não deve ser abordado como privilégio de poucos”, afirmam estudantes indígenas e quilombolas que estão em Brasília

“A educação superior é um direito e não deve ser abordado como privilégio de poucos”, afirmam estudantes indígenas e quilombolas que estão em Brasília
8 de outubro de 2021 Comunicação FLD

Foto: Matheus Alves/Jornalistas Livres

POR COMUNICAÇÃO DO FÓRUM DE EDUCAÇÃO INDÍGENA E QUILOMBOLA

Nesta quinta-feira (7), cerca de 700 estudantes indígenas e quilombolas marcharam pela Esplanada dos Ministérios, com intervenções no Ministério da Educação (MEC), Ministério da Economia, Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, pelo direito de estudar. Reunidos no I Fórum de Educação Superior Indígena e Quilombola, tinham como principal pauta a defesa da Bolsa Permanência para todos.

A antipolítica do atual governo tem afetado o acesso e permanência de alunos de baixa renda na Universidade, ainda mais quilombolas e indígenas. Com faixas e cartazes, os estudantes de 54 universidades públicas e privadas cobraram “Permanência já” e “Fora Bolsonaro”, e reafirmaram “Conhecimento não se corta”, “Universidade é território indígena”, “Quilombo Resiste”, “Não vai ter corte, vai ter luta”.

“A educação superior é um direito constitucional e não deve ser abordado como privilégio de poucos. Precisamos debater sobre a universidade, o ensino, a pesquisa e a extensão com a nossa cara, com a diversidade do povo quilombola e indígena”, destaca Teo Guajajara, diretor executivo da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Ao chegar no MEC, os estudantes se organizaram para realizar um aulão sobre o ingresso e permanência na universidade, além de apresentarem suas pesquisas acadêmicas, reafirmando a importância de levar seus conhecimentos tradicionais para as universidades. Além disso, eles esperavam ser recebidos pela equipe ministerial para tratar do acesso e permanência de indígenas e quilombolas no ensino superior brasileiro. Porém, foram negados não apenas a recepção, mas também o acesso à energia elétrica e aos banheiros do ministério, precisando dar prosseguimento ao aulão com o uso de megafone.

Não sendo recebidos no MEC, finalizaram as apresentações de seus trabalhos e marcharam ao Palácio do Planalto para cobrar respostas para os cortes na educação. De 2018 a 2021, a Bolsa Permanência teve um corte superior a 50%. Assim, dos 22 mil estudantes atendidos em todo país, apenas 10 mil seguem tendo acesso ao programa.

“A nossa permanência é um direito. Historicamente, nossos direitos são negados pelos governos. Esse desgoverno não investe em educação, ele não tem interesse em investir na educação. O Ministro não dialoga com a gente, então se eles colocam a imposição, nós colocamos a luta. Não vamos desistir dos nossos direitos”, destaca Charlene Bandeira, uma das coordenadoras do I Fórum Nacional de Educação Superior Indígena e Quilombola.

Após pressão dos estudantes, oito representantes quilombolas e indígenas foram recebidos no Palácio do Planalto pelo secretário adjunto, diretora e assessores da Secretaria de Articulação Social. Enquanto isso, o grupo deu prosseguimento ao aulão na Praça dos Três Poderes, falando sobre literatura indígena e quilombola. Esse aulão foi realizado conforme a cultura oral de ambos os povos, com histórias sendo contadas.

“Ubuntu! Eu sou, porque somos”, disse Bel Farias Quilombola durante o aulão sobre literatura quilombola. Bel é professora e atua junto aos quilombos no Mato Grosso. Elizeu Xum Xum Quilombola destacou a vivência do povo negro falando sobre literatura quilombola. “Como os indígenas não se sujeitaram à escravidão, os negros foram trazidos à força para o Brasil. Nossos cantos e danças serviam de comunicação para as fugas, servem para luta”, contou o ancião quilombola.

O aulão foi encerrado assim que a audiência foi concluída no Palácio do Planalto, sendo que a proposta apresentada não foi satisfatória na avaliação dos estudantes. Até o momento, a equipe ministerial do MEC não procurou o Ministério da Economia para dialogar sobre a permanência estudantil. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, realizada na terça-feira (5), Edimilson Costa Silva, representando o Ministério da Educação, afirmou que não houve aumento na oferta de vagas por falta de recursos no orçamento para o programa.

“A nossa proposta é chegar no Ministério da Economia e tentar um diálogo com eles para poder, inclusive, forçar o MEC a participar dessa conversa. Temos que forçar quem tem o dinheiro, e quem tem o dinheiro é a Economia, como mesmo já afirmaram. Se o MEC não sabe pedir, a gente sabe”, afirmou Kâhu Pataxó, um dos coordenadores do I Fórum Nacional de Educação Superior Indígena e Quilombola.

Foto: Verônica Holanda/Cimi

Em marcha, os estudantes seguiram ao Ministério da Economia, onde permaneceram por quatro horas com cantos, rodas de capoeira e samba. Realizam o protocolo com pedido de audiência e permanecem com a promessa de serem recebidos pela equipe ministerial. Sem respostas do Ministério da Educação ou do Ministério da Economia, eles retornaram ao acampamento instalado na Funarte, em Brasília, onde seguem com a programação do evento. Os estudantes afirmam seguir mobilizados pelo acesso e permanência nas universidades.

“A nossa atuação se faz de forma política-científica, a nossa atuação dentro da universidade muda a lógica de produção de conhecimento, e é isso que esse governo não quer. Eles gostam de quem fala dos outros, na terceira pessoa, e nós falamos por nós mesmos. Hoje viemos aqui dizer que falamos por nós mesmos, que queremos nossa permanência já para estudantes indígenas e quilombolas. Cota não é esmola”, concluiu Charlene.

Previous Next
Close
Test Caption
Test Description goes like this

loodgieter rotterdam

loodgieter rotterdam