A campanha “Sangue Indígena: nenhuma gota a mais”, lançada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), encerra nesta quinta-feira (31) com uma grande mobilização nacional referente ao #JaneiroVermelho. Atos estão sendo organizados em pelo menos 22 estados, no Distrito Federal e no exterior, em países como Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Portugal e Suíça. Também está prevista a realização de uma coletiva de imprensa, às 15h, em frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.
O objetivo das atividades é dar visibilidade à luta indígena diante do atual contexto político brasileiro de desmontes e retrocessos em várias conquistas de direitos dos povos originários, mobilizando a sociedade em defesa dos direitos indígenas e denunciando a crescente ameaça e os retrocessos impostos pelo Estado. Entre eles está a Medida Provisória (MP) nº 870, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) já no primeiro dia de governo, que retirou a Fundação Nacional do Índio (Funai) do Ministério da Justiça, realocando-a para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e transferiu da Funai ao Mapa a atribuição de identificar, demarcar e registrar as terras indígenas. Além do esvaziamento do órgão indigenista, a MP 870/19 acaba por colocar essas funções no poder dos ruralistas, já que a pasta é agora chefiada por Tereza Cristina, uma das principais defensoras do agronegócio no país. Diversas organizações indígenas, incluindo a Apib, apresentaram representações para suspender o dispositivo dessa Medida Provisória.
Outro problema que vem sendo enfrentado pelos povos indígenas é o crescente número de ataques às comunidades e invasões de suas terras. Apesar da Constituição Brasileira garantir que as terras indígenas demarcadas não podem ser alienadas ou disponibilizadas a outros, desde que o ano começou já foram registrados roubos de madeira, derrubada de florestas para pastagens, abertura de picadas e estabelecimento de lotes para ocupação ilegal em terras indígenas, além de depredações em escolas e postos de saúde indígenas e até ataque com disparos por armas de fogo e ameaças de morte.
Confira alguns dos locais onde haverá mobilização:
AMAMBAÍ/MS
Aldeia Amambaí, Casa de Reza do Panduí, 8h TI WAWI/MT
Aldeia Khikatxi – 9h
ARARAQUARA/SP
Praça das Bandeiras – 18h
BELÉM/PA
Concentração no Bar do Parque – 17h
Praça da República – 17h30
BELO HORIZONTE/MG
Praça 7 – 18h30
BOA VISTA/RR
Instituto Insikiran – 7h30
BRASÍLIA/DF
Em frente ao MAPA – 16h30
CAMPO GRANDE/MS
Praça Ary Coelho – 16h
CAMPINAS/SP
Estação Cultural, Praça Marechal Floriano Peixoto – 17h
CUIABÁ/MT
Praça Ulisses Guimarães – 8h
CURITIBA/PR
Praça Santos Andrade – 10h
Ministério Público do Paraná – 14h
FORTALEZA/CE
Praça Luiza Távora – 8h às 12h
GOIÂNIA/GO
Praça Cívica – 14h
MACAPÁ/AP
Hall da UEAP – 16h
OIAPOQUE/AP
Campus Binacional do Oiapoque – 16h30
OLIVENÇA/BA
Território do Povo Tupinambá – 7h
PARATY/RJ
Rodoviária – 16h30
PORTO VELHO/RO
Em frente ao CPA na Av. Farquar – 9h
RIO BRANCO/AC
ALEAC, 17h
Casa dos Povos Indígenas – 14h
RIO DE JANEIRO/RJ
Escadaria da ALERJ – 14h
SANTA MARIA/RS
Praça Saldanha Marinho – 16h
SANTARÉM – PA
Campus Amazônia da UFOPA – 17h
SÃO JOÃO DEL-REI/MG
Praça do Coreto – 17h
SÃO LUIZ/MA
Santa Inês, Praça da Rodoviária – 8h às 9h
São Luís, Avenida Santos Dumont, em frente ao INCRA – 8h
SÃO PAULO/SP
MASP – 16h
TUCUMÃ/PA
Às 15h
Internacional:
BEVERLY HILLS/LA (EUA)
Consulado do Brasil – 10h
COIMBRA (Portugal)
Ateneu de Coimbra – 20h
EDIMBURGO (Escócia)
Consulado do Brasil – 13h30
LISBOA (Portugal)
Praça Luís de Camões – 14h
LONDRES (Reino Unido)
Embaixada do Brasil – 9h
MONTREAL (Canadá)
Consulado do Brasil – 9h30
NEW YORK (EUA)
Consulado brasileiro em NY – 13h às 15h
PARIS (França)
Embaixada do Brasil – 10h às 11h
PORTO (Portugal)
Praça da Liberdade – 14h
WASHINGTON/DC (EUA)
Consulado Brasileiro – 15h
ZURIQUE (Suíça)
Züghusplatz (am Paradeplatz) – 16h