A partir do tema do Acampamento Sinodal da Juventude Evangélica (JE) do Sínodo Nordeste Gaúcho, que reuniu cerca de 90 jovens de dez grupos de JE de diferentes paróquias, “Amar como Jesus amou: Incluindo e Acolhendo”, o COMIN realizou uma oficina sobre a inclusão e o preconceito com as pessoas indígenas na realidade brasileira. O acampamento ocorreu entre os dias 11 e 13 de outubro na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Picada 48 Baixa, em Lindolfo Collor (RS).
A oficina foi ministrada pelo estudante indígena do curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marcos Kaingang, além da assessoria do COMIN. Em sua fala, Marcos demonstrou o quanto há desconhecimento em relação aos povos indígenas no Brasil, o que acaba gerando invisibilidade dos mesmos. Para isso, falou sobre a diversidade de povos e línguas indígenas existentes no país, a contribuição dos povos indígenas para a história e os costumes da sociedade não indígena e a riqueza das diferentes culturas indígenas, além de tratar sobre os principais preconceitos que as pessoas indígenas sofrem. O estudante ressaltou que é preciso respeitar a forma como os povos indígenas veem e vivem o mundo e que as jovens e os jovens têm papel fundamental para construir uma sociedade melhor. “É preciso construir outra sociedade, com outro olhar sobre os povos indígenas”, afirmou.
Refletindo sobre o tema do acampamento, a assessora de projetos do COMIN, Kassiane Schwingel, lembrou que incluir os povos indígenas não é fazer com que abandonem seu modo de ser para estar em nosso mundo: isso é integrar. Por isso, o desafio é pensar como incluir e acolher esses povos respeitando a diversidade e os diferentes modos de ser. Com esse questionamento, as jovens e os jovens foram divididos em grupos para pensar como é possível fazer a inclusão e o acolhimento das pessoas indígenas. Entre as diferentes questões que surgiram, esteve a troca de convivência entre indígenas e não indígenas, tendo abertura para conhecer a realidade indígena e, assim diminuir preconceitos, respeitando as diferentes culturas e procurando conhecer e ajudar.
Ao final da oficina, o pastor e assessor de projetos do COMIN, Sandro Luckmann, fez a leitura de passagens do texto Bíblico de Gênesis capítulo 10, o qual fala sobre as diferentes línguas, costumes e os diferentes lugares que moravam os filhos de Noé. Dessa forma, Sandro mostrou que a diversidade faz parte da base de fé. “É preciso acolher e respeitar, tendo disposição para aceitar o outro”, disse.
Acampamento 2019
O Acampamento Sinodal da Juventude Evangélica do Sínodo Nordeste Gaúcho teve como lema “’Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei’ – Mateus 11:28” e contou com a condução do Diácono Dionata Rodrigues de Oliveira para reflexões que abordaram a inclusão de uma maneira geral e os diferentes tipos de exclusão e uma oficina sobre a inclusão de jovens e pessoas idosas realizada pela Diácona Simone Voigt. Participaram também do encontro a Pastora Sinodal Tânia Weimer e algumas ministras e alguns ministros do Sínodo Nordeste Gaúcho.
No sábado (12) à noite, as jovens e os jovens participaram de uma gincana que, entre diversas tarefas, objetivou a interação entre pessoas de diferentes idades e origens e, no domingo (13), o encontrou foi encerrado com culto oficiado pelos ministros e estudantes de teologia presentes e a pregação foi conduzida pela Pa. Sinodal Tânia Weimer. A Coordenação Sinodal da Juventude Evangélica do Sínodo Nordeste Gaúcho, ao final do Acampamento Sinodal, afirmou que espera “que os jovens e as jovens fiquem cada vez mais motivados/as para serem protagonistas e fazerem a diferença em suas comunidades”.