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Comunidades Guarani e luterana realizam plantio de árvores nativas em Santa Catarina

Comunidades Guarani e luterana realizam plantio de árvores nativas em Santa Catarina
27 de agosto de 2019 zweiarts

No domingo (25), cem mudas de árvores nativas foram plantadas na aldeia Yakã Porã, localizada em Garuva (SC), através de um mutirão que envolveu a comunidade Guarani e pessoas luteranas da região. Além do plantio, a ideia da ação foi ter uma roda de conversa com a comunidade Guarani para conhecer seu contexto, cultura, dificuldades vivenciadas e conhecimentos sobre o meio ambiente, em um momento de troca intercultural.

A aldeia Yakã Porã possui sete famílias. O mutirão envolveu o preparo dos berços com cavadeira e adubo, que já estavam disponíveis na aldeia. Participaram da atividade o Pastor Euclecio Schieck, da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Garuva, Cacá Schieck, que faz parte da diretoria do COMIN, e membros da Paróquia e representantes do Galo Verde.

Ao total, 390 mudas de árvores nativas foram adquiridas, escolhidas pelas próprias comunidades indígenas, e serão divididas em mais três aldeias e plantadas com a ajuda de outros grupos da sociedade. A ação partiu durante a realização do XXXI Concílio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB), que aconteceu em Curitiba, em 2018. Na ocasião, o COMIN e do Programa Galo Verde promoveram uma reflexão sobre os impactos ambientais do evento.

O Programa Galo Verde realizou o cálculo da emissão de carbono no ambiente a partir das ações envolvidas para a realização do Concílio, desde viagens até a geração de resíduos. A partir disso, as pessoas que estavam participando foram desafiadas a compensar a emissão de carbono contribuindo com um valor para o plantio de árvores nativas em aldeias indígenas que apresentavam uma demanda para a recuperação ambiental.

Atuação em Santa Catarina

Desde o começo deste ano, o COMIN está atuando em dez aldeias Guarani Mbya no litoral norte de Santa Catarina, abrangendo os municípios de Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva e São Francisco do Sul, em um projeto trienal (2019-2021) que inclui ações de sustentabilidade, entre elas o trabalho com agrofloresta e o fortalecimento de técnicas de plantio tradicionais do povo Guarani. Neste contexto, existem hoje cerca de 500 pessoas distribuídas nas dez aldeias, em áreas ainda não demarcadas e homologadas pela justiça. Há sérias dificuldades de sustentabilidade nas aldeias: algumas são populosas e com um espaço bastante reduzido e outras têm o solo inadequado para a agricultura, além da dificuldade de geração de renda.

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