Privacy Overview
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Always Active
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.

No cookies to display.

Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.

No cookies to display.

DOAR AGORA

Compartilhando saberes e sabores

Compartilhando saberes e sabores
30 de março de 2017 zweiarts

O justo toma conhecimento da causa dos pobres,
mas o ímpio não tem entendimento para conhecer.
Provérbios 29.7

Em um encontro, no qual também estavam mulheres luteranas, uma participante disse: “É preciso sair de nossos espaços e ir ao encontro da outra pessoa e alimentar-se de saberes e sabores distintos”. Esta fala pode parecer estranha ao pensamento de quem acredita que já sabe tudo e, com isso, em verdade, perde a oportunidade de conhecer e aprender com as diferenças de outras culturas. O desafio de ir e se encontrar com a outra pessoa, experimentar outras situações e realidades, permite reconhecer que há outros saberes, diferentes dos que já se conhecem. Neste momento, a pessoa aprende e se sensibiliza para outros saberes e sabores. A afirmação acima foi de uma mulher Kaingang, durante atividade do intercâmbio entre grupos de mulheres da OASE-Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas e mulheres indígenas da Terra Indígena Guarita, localizada nos municípios de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco, na região noroeste do Rio Grande do Sul.

A oportunidade de intercâmbio permite que se revejam aprendizados e conceitos, na perspectiva de valorizar, conhecer e respeitar as diferenças, criando pontes na diversidade. É a oportunidade para que mulheres indígenas e mulheres luteranas apresentem suas realidades e reflitam sobre o seu cotidiano. Compreendem, por exemplo, que a tradição da arte de trançar pode ser uma fonte de renda, mas também é uma maneira de manter as culturas vivas. Cada grupo tem os seus saberes, suas experiências de trabalho, mas a essência e o significado perpassam as tranças, pontos, as cores dos fios de linha, os tecidos, a taquara, os cipós, sementes, miçangas, dando forma às peças artesanais de diferentes saberes. Enquanto uma mulher indígena faz um cesto, uma mulher luterana faz um crochê. Esta experiência enriquece os grupos e contribui para aproximar, conhecer e respeitar a diversidade da criação. Além de fortalecer a identidade cultural, enriquece o aprendizado das participantes.

Este é o propósito ao se promover o Intercâmbio Intercultural de Saberes e Sabores entre os grupos de mulheres indígenas e grupos de OASE. Os encontros foram realizados em algumas comunidades do Sínodo Noroeste Riograndense, no período recente. O Intercâmbio é espaço para colocar-se a caminho, conhecer, aprender e conviver, ampliando os saberes e os sabores entre as mulheres. Assim, se redescobre as semelhanças entre as criaturas, mesmo de culturas e saberes diferentes. O Intercâmbio é momento para a partilha e a troca, mas também para o debate diante do aprendizado de temas comuns entre as mulheres.

O intercâmbio intercultural é estimulado pelo Conselho de Missão entre Povos Indígenas – COMIN. O COMIN apoia povos indígenas na região amazônica e no sul do Brasil, visando à promoção dos direitos humanos, sustentabilidade socioambiental e diálogo intercultural e inter-religioso. A partir da interação com os povos indígenas, o COMIN se nutre de muitos impulsos e reflexões, que compartilha em diferentes espaços na IECLB e na sociedade brasileira, no intuito de construir um mundo mais justo e sustentável, respeitando a pluralidade e diversidade dos povos. A promoção do diálogo e do respeito, na diversidade da criação divina, possibilita revigorar e socializar experiências culturais e o cuidado da vida humana. As diferenças culturais e a diversidade de saberes enriquecem o testemunho e o serviço da fé cristã.

No ano de 2017 se completam 35 anos de criação do COMIN como espaço de assessoria para as questões relativas aos povos indígenas na IECLB e a promoção do diálogo respeitoso entre as diferentes culturas. Por vezes, esta disposição ao testemunho e serviço foi abalada e questionada, como na expulsão da ação missionária e diaconal na Terra Indígena Guarita, em meados da década de 1980, no Rio Grande do Sul. Contudo, o episódio contribuiu para a persistência da ação do COMIN na convivência e no respeito entre as diferenças, reconhecendo a outra pessoa ou cultura enquanto totalmente outra. A partir daí se fortaleceu o compromisso em favor do convívio e do diálogo, na própria cultura (dos povos indígenas) e na inter-relação com a sociedade em geralO diálogo não é uma tarefa que, em algum momento, se conclui, mas está em constante construção.

Os encontros do Intercâmbio evidenciam esta construção, pois oportunizam uma mudança da realidade de estranhamento, distância e pre(-)conceito, para uma realidade de aproximação e aprendizado mútuo. O COMIN, nestes 35 anos, entende que a fé luterana é uma fé que liberta, compromete e se dispõe ao diálogo. Agentes desta mudança são as comunidades indígenas, os grupos de mulheres e quem mais quiser se abrir ao diálogo e conhecer outros saberes e sabores, como o enunciado do livro de Provérbios revela. O COMIN é entidade de acompanhamento solidário nesta busca. Quando se vislumbra que o diálogo é possível, também se agrega o aprendizado e o respeito mútuos. Possibilita-se uma diversidade reconciliada, pressuposto para uma sociedade multiétnica e pluricultural, já existente no Brasil, e também uma sociedade mais justa, igualitária e condizente com o Evangelho, ainda por construir plenamente.

Previous Next
Close
Test Caption
Test Description goes like this

loodgieter rotterdam

- ankaraescort.vip - meritbetegir.com - padisahbetegirisi.com -
radissonbetegir.com

loodgieter rotterdam

- ankaraescort.vip - meritbetegir.com - padisahbetegirisi.com -
radissonbetegir.com