Privacy Overview
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Always Active
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.

No cookies to display.

Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.

No cookies to display.

DOAR AGORA

O povo Laklãnõ/Xokleng pede fim do preconceito

O povo Laklãnõ/Xokleng pede fim do preconceito
27 de outubro de 2016 zweiarts

Cerca de 400 pessoas do povo Laklãnõ/Xokleng se manifestaram hoje pela manhã (26/10/2016) no centro da cidade de José Boiteux/SC contra o preconceito que vêm sofrendo devido a manifestações racistas por parte de moradores e moradoras não indígenas do município.

A manifestação foi organizada por acadêmicos e acadêmicas indígenas e por professores e professoras da Escola Indígena de Educação Básica Laklãnõ e da Escola Indígena de Educação Básica Vanhecú Patté. Além dos e das estudantes, professores e caciques, a comunidade de forma geral também se fez presente.

Enquanto alguns comerciantes da cidade fechavam as portas das lojas para a manifestação pacífica, o povo Laklãnõ/Xokleng mostrava à cidade de José Boiteux sua força, união, comprometimento cultural e conhecimento de seus direitos, pedindo por algo fundamental e valioso para uma sociedade que se diz “evoluída”: respeito. Sem respeito não há dignidade, não há convivência, não é possível construir um mundo melhor. E é a tudo isso que todos os povos têm direito.

A cidade de José Boiteux precisa querer ser melhor do que é hoje. O povo Laklãnõ/Xokleng vive neste território há centenas de anos. Desde a invasão de colonizadores, este povo vem sendo obrigado a ser quem não quer ser. São criticados pelas suas especificidades culturais e são criticados quando assumem hábitos não indígenas.

O preconceito surge da falta de conhecimento. Uma população com falas preconceituosas demonstra que precisa conhecer mais e conhecer com qualidade, sair do senso comum. O povo Laklãnõ/Xokleng é único, o seu idioma é falado apenas nesta Terra Indígena, os conhecimentos específicos da Mata Atlântica, da medicina natural, do artesanato, dos valores, do modo de ser e de se organizar é algo que existe somente neste local. Grande parte dos moradores e das moradoras não indígenas da cidade nem sequer sabe o nome deste povo indígena, chamam apenas de “índios”. Estão distantes de reconhecer a riqueza cultural e milenar que o município possui.

O povo Laklãnõ/Xokleng, bastante politizado, com muitas lideranças, acadêmicos, acadêmicas e professores indígenas, que continuamente estudam e se envolvem em movimentos nacionais, sabem o que é necessário para romper com tanta ignorância. Eles pedem à prefeitura do município o comprometimento sério com uma política de combate ao preconceito. Eles pedem o ensino da história e cultura Laklãnõ/Xokleng nas escolas municipais e em outros espaços de reflexão que o município possa promover. O prefeito Jonas Pudewell, reeleito neste mês de outubro, recebeu a manifestação, que finalizou seu trajeto em frente à prefeitura, afirmando que a mesma é legítima e que ele vai se comprometer em buscar meios para atender os pedidos do povo Laklãnõ/Xokleng.

Ao final da caminhada pacífica, as crianças Laklãnõ/Xokleng, estudantes das escolas indígenas, brincavam na praça da prefeitura, alegres e felizes, confiantes nos bons encaminhamentos das pessoas adultas. Esperamos que elas tenham um presente e um futuro seguro, pleno de qualidade de vida, de direitos e de valorização de sua identidade.

Previous Next
Close
Test Caption
Test Description goes like this